A incorreta utilização dos dispositivos e equipamentos existentes nos edifícios é uma das principais causas das situações de desconforto verificadas, sendo ainda responsável em muitas situações por um agravamento da fatura energética associada à iluminação e à climatização.

Uma das formas de contornar este problema é formar os utilizadores dos edifícios sendo que, no caso dos edifícios de serviços e na indústria esta formação é muitas vezes ineficaz face ao caracter, muitas vezes, aleatório da utilização, bem como à rotatividade dos utilizadores.

Assim, torna-se essencial o recurso a sistemas de controlo, ou automação, que permitam, de forma automática, uma gestão eficiente dos recursos, contribuindo assim para uma redução dos consumes energéticos.

A instalação de sistemas de controlo ao nível da iluminação destacam-se pela sua simplicidade e baixo custo.

Por exemplo, na instalação de sensores de presença, sensores de movimento e sensores de luminosidade, podem ser instalados em locais de passagem, por exemplo corredores, e de utilização ocasional, como casas de banho, permitindo que a iluminação artificial só seja ativada quando exista uma ocupação efetiva dos espaços, e, simultaneamente, os níveis de iluminação natural não sejam suficientes. Um sistema de iluminação com regulação do fluxo luminoso artificial em função da iluminação natural disponível é uma boa opção para os espaços utilizados durante o dia.

Nos sistemas de sombreamento exterior também podem ser utilizados sistemas de controlo, permitindo controlar a entrada de ganhos solares e iluminação natural diminuindo as necessidades de arrefecimento e o consumo elétrico associado ao sistema de iluminação. A seleção destes sistemas devem ter em conta as condições exteriores próximas da fachada, orientação do edifício e o perfil de utilização dos ocupantes.

Também ao nível da ventilação é possível adotar algumas medidas ao nível dos sistemas de controlo, como a utilização de sensores para abertura de janelas, grelhas de admissão e extração, e grelhas de transferência entre espaços, permitindo assim renovar o ar dos espaços e deste modo diminuir a temperatura nos períodos de maior calor. O controlo das aberturas de passagem de ar tem vantagens ao nível da qualidade do ar interior e permite utilizar o conceito de “free-cooling” quando existem condições exteriores favoráveis ao arrefecimento gratuito.