A crescente coexistência de zonas urbanas e florestais veio aumentar a vulnerabilidade das pessoas e bens aos incêndios florestais. Para além dos riscos diretos associados à exposição ao fogo, a ausência de cobertura nas áreas ardidas poderá conduzir a processos de erosão. Estes, subsequentemente, poderão ser responsáveis por em eventuais deslizamentos de terra ou de lamas e pela acentuação de fenómenos de inundação.
Como medida de adaptação, recomenda-se que nestas regiões urbanas de interface com a floresta deve ser mantido um perímetro de segurança entre as estruturas construídas e a vegetação combustível, dificultando, por um lado, a propagação do incêndio em direção ao edifício e, por outro, facilitando o acesso de meios de combate a incêndios.
As áreas envolventes do edifício devem, igualmente, ser constituídas por pavimentos resistentes ao fogo, devendo a escolha dos arbustos e árvores, colocados nestas zonas para efeitos paisagísticos, recair sobre espécies menos inflamáveis. Como exemplo refiram-se as árvores folhosas de madeira que são menos inflamáveis do que os pinheiros e os eucaliptos.