As alterações climáticas, com a tendência para o aumento da frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos, como tempestades e ventos fortes, levam à necessidade de prever medidas de reforço estrutural que garantam a integridade da envolvente dos edifícios face à ocorrência desses fenómenos. Um dos danos mais comuns verificado em edifícios com fachadas metálicas localizados em zonas sujeitas a ventos de grande intensidade é o arrancamento dos painéis de fachada pelo efeito de sucção do vento. O desempenho dos painéis metálicos sob a ação do vento é altamente variável. Depende do tipo de painel (simples ou compósito), da resistência, que é função do material, da secção transversal e da largura do painel, e da sua fixação à estrutura. Um problema comum, responsável pela grande maioria dos casos de arrancamento do painel, é o espaçamento excessivo entre as fixações. O espaçamento entre fixadores deve ser especificado juntamente com o tipo e dimensão do dispositivo de fixação de modo a resistir à ação do vento. Assim, como medida de adaptação sugere-se o reforço das ligações aparafusadas de fixação dos painéis à estrutura, diminuindo o espaçamento longitudinal entre fixadores. Para minimizar a infiltração de água nas juntas entre painéis recomenda-se a aplicação de fita selante nas sobreposições. No entanto, os extremos não devem ser selados, de modo a que a humidade atrás dos painéis possa ser eliminada.