Infraestrutura escolar, localizada na cidade de Vila Real. O edifício desenvolve-se em dois pisos e é constituído por oito salas de aula do 1ºciclo, três salas do pré-escolar, duas salas polivalentes, uma sala para crianças com necessidades educativas especiais, um refeitório, uma biblioteca/mediateca, entre outros espaços. Este edifício consome energia elétrica um pouco por toda a instalação e gás natural para a caldeira de água quente. Na inspeção e análise do edifício realizou-se o levantamento das soluções construtivas que compõe a envolvente do edifício, bem como a avaliação de debilidades/patologias construtivas existentes na mesma. Avaliou-se ainda a qualidade do ar interior, os consumos energéticos com climatização (auditoria energética). Embora o edifício seja recente e tenha sido construído com soluções acima da referência, ainda assim foram identificadas oportunidades de racionalização importantes, sobretudo ao nível: da redução de custos no aquecimento da água da máquina de lavar loiça, na cozinha; da redução de consumos na iluminação, através da introdução de um controlo mais eficaz; da otimização do funcionamento dos sistemas de climatização, através da correta programação do sistema de gestão técnica. Foram ainda realizadas diversas simulações para o edifício por forma a comparar os consumos de energia no edifício existente, e os consumos no mesmo edifício após a introdução de possíveis medidas de melhoria. Devido ao vãos envidraçados terem apenas uma protecção solar pelo interior ligeiramente transparente, foi efetuada uma simulação em que o edifício, na sua fachada do quadrante Sul, tem uma pala de sombreamento com 0.75 m de largura e a todo o comprimento da fachada. Em relação à solução base esta solução apresenta uma melhoria no consumo anual de 2% em relação à solução base. A colocação de grelhas de ventilação nos vão envidraçados apresenta um valor mais elevado consumo de energia anual (+ 33%). Esta elevação do consumo deve-se ao facto de a taxa de renovação de ar ser menor (ventilação mecânica desligada) promovendo o aumento do aquecimento dos espaços devido às cargas internas (iluminação, equipamentos, ocupação), o que se vai refletir nas necessidades de climatização. No caso da Trombe Wall sem protecção solar foi considerada uma pala de sombreamento de 0.75m ao longo de todo o comprimento da fachada de modo a minimizar os ganhos devido à radiação solar no Verão. Verifica-se, que, mesmo sombreada, a Trombe Wall sem protecção solar opaca não apresenta melhorias. Todas as outras soluções propostas apresentam consumos menores, sendo de salientar a redução de 12% no consumo anual para os casos da aplicação de cobertura verde e do edifício pintado com uma cor branca que apresente uma absorção solar de 0.2.