Centro escolar

Energética, Ambiental

Publicado por Itecons

Edifício escolar, situado no concelho de Santarém, que se organiza em três módulos. O módulo 1 corresponde ao Núcleo Central e é constituído por dois pisos onde se concentram os principais serviços gerais (serviços administrativos, cozinha, refeitório, salas polivalentes, entre outros). O módulo 2 é ocupado pelo Primeiro Ciclo do ensino básico e desenvolve-se em dois pisos constituídos por salas e espaços de apoio. O módulo 3, onde funciona o Jardim-de-Infância, desenvolve-se num único piso térreo, constituído por quatro salas e espaços de apoio. No espaço exterior do lote existem zonas verdes, um campo de jogos polivalente e um parque de estacionamento automóvel. No edifício em análise consome-se energia elétrica em quase todas as instalações e gás propano para a caldeira e na cozinha. Na inspeção e análise do edifício realizou-se o levantamento das soluções construtivas que compõe a envolvente do edifício, bem como a avaliação de debilidades/patologias construtivas existentes na mesma. Avaliou-se ainda a qualidade do ar interior, os consumos energéticos com climatização (auditoria energética) e realizou-se a simulação dinâmica do edifício. As principais oportunidades de melhoria identificadas na auditoria energética estão relacionadas sombreamento pelo exterior dos vãos envidraçados, nas fachadas mais expostas à radiação solar direta; tendo em conta a capacidade do sistema de acumulação de águas quentes sanitárias instalado no edifício, produzidas em parte do ano através dos painéis solares térmicos, sugere-se que seja estudada a viabilidade de aproveitar essa capacidade para alimentar a máquina de lavar loiça da cozinha, permitindo assim reduzir a utilização das resistências elétricas durante os períodos mais onerosos do tarifário elétrico; e a otimização do sistema de iluminação interior e exterior. Através dos resultados das simulações dinâmicas realizadas é possível observar que, no cenário em que o edifício é pintado com uma cor branca que apresente uma absorção solar de 0,2, as necessidades de aquecimento vão ser cerca de 8% superiores às da solução inicial. Este resultado deve-se ao facto de a redução no coeficiente de absorção solar da parede conduzir a uma redução dos ganhos de calor pela envolvente durante a estação de aquecimento. No entanto, esta medida é responsável por uma redução de 27,7% no consumo de energia para arrefecimento. Desta forma, e uma vez que, no edifício em análise, as necessidades de arrefecimento são consideravelmente superiores às necessidades de aquecimento, o impacto desta medida no consumo total de energia é significativo, obtendo-se uma redução no consumo anual de energia de 23%. O cenário correspondente à aplicação de uma cobertura verde contribui de forma pouco relevante para a redução das necessidades energéticas, apresentando uma redução de apenas 1,3% no consumo anual de energia. A colocação de grelhas de ventilação nos vãos envidraçados apresenta uma redução bastante significativa no consumo anual de energia (49,3%). Esta redução no consumo deve-se ao facto de a taxa de renovação de ar ser menor (ventilação mecânica desligada) e as cargas internas (iluminação, equipamentos, ocupação) não serem elevadas ao ponto de provocar o sobreaquecimento dos espaços, mas suficientes para reduzir em 54.3% as necessidades de aquecimento. Na estação de arrefecimento verifica-se, de igual forma, uma redução no consumo de energia de 48.5%.

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Palavras-chave

  • Qualidade do ar
  • Auditoria energética
  • Simulação dinâmica
  • Comportamento térmico