Fração autónoma, localizada em Portalegre, dedicada à prestação de serviços de carácter administrativo à respetiva comunidade, localizada no 1º Piso do corpo norte de um edifício que integra ainda outra fração se serviços à comunidade. A fração em análise é constituída pelas seguintes instalações: secretaria / atendimento público, gabinete da presidência, gabinete de trabalho, sala de reuniões, copa de serviço, arquivo e instalações sanitárias. Na inspeção e análise do edifício realizou-se o levantamento das soluções construtivas que compõe a envolvente do edifício, bem como a avaliação de debilidades/patologias construtivas existentes na mesma. Procedeu-se à identificação de pontos fracos ao nível do comportamento térmico da envolvente, também suportada com recurso à técnica da termografia infravermelha. Avaliou-se ainda a qualidade do ar interior, os consumos energéticos com climatização (auditoria energética) e realizou-se a simulação dinâmica do edifício. O edifício em análise consome apenas energia elétrica nas diferentes utilizações (climatização, iluminação, sistemas informáticos, tomadas, entre outros). As principais oportunidades de melhoria identificadas na auditoria energética estão relacionadas com o reforço de isolamento térmico nos elementos construtivos com pior desempenho; o sombreamento da fachada pelo exterior através de lâminas sombreadoras fixas, persianas de lâminas móveis, entre outras soluções possíveis; introdução um relógio temporizador na alimentação do termoacumulador elétrico; e a redução da potência contratada para os 20,7 kVA, tendo em conta que a potência somada dos principais equipamentos não ultrapassa os 20 kVA. Através dos resultados das simulações dinâmicas realizadas é possível observar que, no cenário em que o edifício é pintado com uma cor branca que apresente uma absorção solar de 0.2, as necessidades de aquecimento vão ser 42% superiores às da solução inicial. Este resultado deve-se ao facto de a redução no coeficiente de absorção solar da parede conduzir a uma redução dos ganhos de calor pela envolvente durante a estação de aquecimento. No entanto, uma vez que, no edifício em análise, as necessidades de arrefecimento são consideravelmente superiores às necessidades de aquecimento, o impacto desta medida no consumo total de energia é significativo, obtendo-se uma redução no consumo anual de energia de 22%. O cenário correspondente à cobertura verde apresenta bons resultados, tanto na estação de aquecimento (redução de 16%), como na estação de arrefecimento (redução de 9%), sendo a redução no consumo anual de energia de 10%. O cenário correspondente à introdução de grelhas de admissão de ar nos vãos envidraçados é o que menos contribui para a redução das necessidades energéticas, apresentando uma redução de apenas 2% no consumo anual de energia.