Espaço cultural localizado na zona climática I2, V3, implantado a uma cota de aproximadamente 140, destinado a receber espetáculos, concertos, exposições, peças de teatro, etc. O edifício foi recentemente alvo de recuperação e desenvolve-se por três pisos. No piso térreo encontram-se o átrio de entrada, a área administrativa, uma zona apoio de palco, camarins, bengaleiro, instalações sanitárias, sala de projeção/ensaio e zonas de circulação. No piso 1 encontra-se o auditório, com capacidade para 140 pessoas, palco, vestíbulo, áreas de circulação e instalações sanitárias. No piso 2 situa-se um estúdio equipado para uso diversificado com 50 lugares e uma sala de exposições. No último piso encontra-se uma área multiusos (espaço próprio para a criação, experimentação e apresentação de espetáculos), um balcão/copa e um espaço lounge. O edifício em análise utiliza energia elétrica, em todos os sectores e equipamentos. Na inspeção e análise do edifício realizou-se o levantamento das soluções construtivas que compõe a envolvente do edifício, bem como a avaliação de debilidades/patologias construtivas existentes na mesma. Procedeu-se à identificação de pontos fracos ao nível do comportamento térmico da envolvente, também suportada com recurso à técnica da termografia infravermelha. Avaliou-se ainda a qualidade do ar interior e os consumos energéticos com climatização (auditoria energética). Da caracterização térmica da envolvente e da auditoria energética realizada concluiu-se que, apesar de existirem debilidades associadas à qualidade térmica da envolvente, quer devido a uma utilização ainda modesta dos espaços, quer pela utilização racional dos recursos, o edifício apresentou no período de referência um nível de consumo relativamente reduzido. Consequentemente as oportunidades de racionalização são poucas e estão sobretudo associadas à otimização de consumos ao nível da iluminação dos sistemas de climatização. Foram identificadas oportunidade de melhoria sobretudo ao nível: da redução de consumos na iluminação interior, através da introdução gradual de luminárias mais eficientes; da eliminação de consumos associados a aquecedores individuais, alterando a forma de distribuição do ar tratado (nas roof-top) às zonas de pé-direito muito elevado; da redução de consumos ao nível do AVAC, nos períodos mais quentes do ano, reduzindo os ganhos térmicos pela fachada cortina; do aumento da eficácia dos sistemas de climatização do auditório; da introdução de sistemas de compensação do fator de potência, para evitar a penalização da fatura de energia elétrica.